domingo, 27 de março de 2016

7 Marcas de chocolate que mantêm trabalho escravo - Feliz Páscoa?

A Páscoa está aí e o objetivo é comemorar... para os judeus, comemora a saída do povo Hebreu do Egito, ou seja, o Êxodo... para os cristãos, comemora a ressurreição de Crista... Já quem não lembra de nada disso, vai de muito chocolate mesmo...

Em 2010, eu postei um texto sobre uma campanha que a Greenpeace fez afim de conscientizar as pessoas sobre a Nestlé... exatamente, a Nestlé... Clique AQUI e leia o texto... O fato é a fabricante de alguns dos chocolates mais consumidos no Brasil comprava óleo de palma da Sinarmas, empresa que queimava grandes áreas para plantar Palmeira, tornado-se assim a maior destruidora de florestas da Indonésia, tudo isso para produzir o chocolate Kit Kat. Sem falar que essa prática emite uma grande quantidade de gás carbônico, acelerando a extinção dos orangotangos da região...

Mas o papo aqui é outro, tão destrutivo quanto... Em 2015, as empresas a Mars, Nestlé e  Hershey receberam uma ação judicial, alegando que as empresas mantinham trabalho escravo infantil na África Ocidental e o consumidor estava, sem querer, financiando isso tudo...

De acordo com o documentário Slavery: A Global Investigation (Escravidão: Uma Investigação Global), que entrevistou algumas das crianças libertadas, trouxe algumas revelações muito tristes... Algumas diziam que com frequência eram alvo de tortura e espancamento, com chicotes e cintos...

 - Os espancamentos eram uma parte da minha vida - conta Aly Diabate, uma destas crianças libertadas. - Sempre que te carregavam com sacos [de grãos de cacau] e caías enquanto os transportavas, ninguém te ajudava. Em vez disso, batiam-te e batiam-te até que te levantasses de novo.

As crianças possuíam entre 11 e 16 anos, às vezes até menos, trancadas em plantações isoladas e obrigadas a trabalhar entre 80 a 100 horas por semana...

Em 2001, a FDA, órgão governamental estadunidense responsável pelo controle de alimentos, tentou aprovar uma legislação que exigia o suo do selo slave free (sem trabalho escravo) nos rótulos das embalagens.  Mas como já é de se imaginar, antes da legislação ser votada, a indústria do chocolate – que podemos incluir as três citadas anteriormente – usou de sua influência – dinheiro mesmo – para barrar, prometendo acabar com essa prática abusiva até 2005.

Mas, como é de se imaginar, este prazo foi adiado inúmeras vezes, tendo como nova meta o ano de 2020. Se compararmos os números recentes, vemos que o número de crianças que trabalham nesse tipo indústria cresceu, entre os anos de 2009 e 2014, 51%, segundo um relatório de julho de 2015 da Universidade Tulane, New Orleans, EUA...



Indicação dos documentários: O Lado Negro do Chocolate e Escravidão: Uma Investigação Global

Veja nosso vídeo comentário em nosso canal do YouTube logo mais a baixo...


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